jueves, 21 de noviembre de 2013

Liviao de Marrao - Matança eta filhoak (2013)


  1. Rock Liviao 
  2. Garabatos
  3. O piloto
  4. Narco-Corrido Ribeirao
  5. Cancion para cantar todos os dias
  6. Opus Dei 
  7. Cantiga de Escarnho
  8.  Salmo
  9. Galizia Quere (Sobres en B) 
  10. Galiza Cunilingüe
  11. Castanhço rock
Titulo: Matança eta filhoak
Autor: Liviao de Marrao 
Ano: 2013 
Estilo: Punk
EP/LP: LP 
Audio: 128 Kbps
Tamaño Arquivo: 39 Mb

Liviao de Marrao. Coradas de cocho. Pulmão de porco. O cheiro da carne sem castrar. O cheiro das arelas, do monte, do estadulho e do autêntico. O arrecendo duma geração.  O aroma da liberdade comesta pelos papéis numerados. Liviao de Marrao 9 rapazes que expressam ainda no meio do obscuro lírica cheia de retranca na homenagem aos dom Celidónios pós-modernos.

Liviao para escrever com Garabatos as ausências e faltas duma geração que ainda não demonstrou nada. A bateria de acenos e força de Marcos Fernández Varela. Rock Liviao para ceivar laios descarnados  na memória dos devanceiros como O Piloto, onde toca o requiem da trompete de Luís Miguel Crepo Caride. A guitarra que nunca pára de ranger de Xurxo Novoa Salgado. Porque Chantada é tão grande como o mundo que nós podemos imaginar a ritmo de Narco-corrido ribeirao com os requintes da gaita de Jorge Pérez Árias. Este Matança eta filhoak é a Canção para cantar todos os dias, a harmonia do violino de Héctor Rodríguez Vidal acompanha com afoiteza a dignidade do bravú. 

Matança eta filhoak é o primeiro, o primogénito da força com que pedimos auxílio desde a ruínas da Galiza esquecida e muribunda. É a máxima síntese a que chegamos após pensar sobre as contradições da nossa geração. O universo escuta em silêncio reverencial um solo de Chema Blanco López num souto e no fundo do val, desde uma carvalheira, retruca o saxo tenor de Vítor Fernández Caseiro.

Opus Dei. Os ídolos de papel criados para roubar o direito a inventar a nossa própria conceção do mundo, a língua furtada prostituindo as palavras como numa Cantiga d'escarnho para a mocidade galega puxada à emigração para que o galego volte a ser um povo bíblico. Já se sente pelo baixo Adrián Levices Casal na noite estrelecida.

Emerge rouca e fera a voz do Antom Fente Parada neste Salmo desde Viana ao céu deixando nos tesos cumes do Faro o facho do porvir. Galiza quere vida, quer esperança, quer mocidade e quer futuro. Galiza não é a Galiza cuninlingüe dum calibanismo impostado pelos rendistas pollitos bien. Lírica intitulada pós-neo-bravú, com retranca, porque nós também estamos aqui, nós também vivemos e lemos o presente como história. 

Estes onze temas são a nossa homenagem a quem aposta pela música galega. A centos de moças e moços que partem o lombo cada ano para manter festivais sem ânimo de lucro como o Castanhaço-rock.  Desde a Serra do Faro, gora o ponteiro em FA e gora Liviao de Marrao, Matança eta filhoak!

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